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Seja bem-vindo! Tudo pode ser reescrito, tudo pode ser repensado, tudo pode ser mudado. (eu mesmo)

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Uma viagem que se aproxima

Dia 19 de abril vou dar um chega pra lá nesse paradão. Nesse meio tempo fiquei trabalhando entre São Paulo e Rio. Estou enferrujado para minha próxima viagem à Amazônia que vai durar exatos 50 dias se tudo correr bem. Lá pelo menos páro de escrever estes besteiróis aqui.

Minha implicância com a Rede Globo (5)

Vale a pena ver de novo está exibindo Sinhá Moça, novela de época colonial, por sinal muito bem escrita, bem dirigida com a produção artística impecável. Tem lá o mesmo recheio de sempre, mas o pior de tudo é que os autores nem disfarçam as repetições. Tem um Plot que desenrola a história de uma  mocinha  prometida de casamento e porta um véu sobre o rosto desde a adolescência (Ana do véu). Ninguém vê seu rosto até que ela se case com o mocinho. É a promessa feita pela mãe à Santa Rita. O marido da carola não apita nada e há um padre na história que apita menos ainda. Ambos tem medo da carola. Se a mocinha não casar, não tira o véu e vai para o convento.

Em Paraíso, novela que foi ao ar recentemente, tem o mesmo Plot (um pequeno universo dentro de uma história - uma novela tem vários plots). Em paraíso tem o mesmo padre trapalhão, a aarola que é mãe de uma filha prometida à servir como Santa ( se casar vai parar em um convento). O marido é o mesmo bolha e também não apita nada. A santa é a Rita, por concidência. Nada contra a novela em se tratando do conjunto. Um obra prima.

Estão anunciando a novela... Escrito nas Estrelas... de Elizabeth Jhim, que escreveu uma a pouco tempo que foi um fracasso total. O storyline veiculado mostrando alguma coisinha da novela já mostra repeteco... a Santinha (da novela Paraíso, já volta em outras espiritualidades)... eh Projac! Não está na hora de jogar esta panela velha de autores fora!!!! AUTORES NOVOS JÁ!!!! Dá chance gente! Os caras estão doentes e só conhecem este universo aí do eixo Rio-SP... e quando fazem uma novela em outra região, até o Jéca soa falso.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Minha implicância com a Rede Globo(4) e, ou com Autores (panelinha) de novelas.

Nelinha de Tempos Modernos vai derreter de tanto chorar. Em Páginas da Vida, de Manoel Carlos, chorou até morrer, literalmente. Mais choro em Desejo Proibido... éca. Vai provocar uma enchente no Projac de tantas lágirmas derramadas.

Esses autores da Globo só tem meleca na cabeça. É só nóia!!!! O tempo inteiro as pesonagens estão brigando, falando alto, discutindo... até o Fagundes, Rei do Gado, Rei da Favela, agora Rei de um edificio... que isso gente. Malhação é briga só; todos jovens nessa série Malhação estão em conflito o dia todo, a noite inteira - todo mundo contra todo mundo, cada um mais marrento que o outro. Será que não tem ninguém normal? um momento sequer de paz e equilibrio? Eu conheço muitos jovens ( e tenho seis filhos) e na maior parte do tempo estão sorrindo, felizes e sem brigar. O que ocorre em malhação é um merda global mesmo. Nóia da panelinha que só muda os ingredientes das novelas, mas a receita é a mesma.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Academia, bike e comida mineira.



Já estava em São Paulo há um ano trancado entre quatro paredes, ou dentro de um avião, simulador, ou helicóptero. Computadores, automóvel, cadeira de escritório, restaurante, trânsito, estresse e muita poluição. Na idade do "condor", já viram! sem fazer exercício doía tudo... aquela dorzinha do lado mau, mesminha provocada pela espada do Dart Vader. Voltaren, Dorflex, Gelol, Sonrrisal e uma farmácia inteira era a minha sacola ao lado... tava no rumo do além do aquém do além.  Então debandei para Minas. Aproveitei que ia realizar (ainda estou) um trabalho de pesquisa e mudei tudo (menos a Internet, senão perco meu emprego). Já são 40 dias de mudança de hábitos: nada de automóvel! agora é academia pela manhã, uma volta de bike de 20Km (isso atualmente, pois no primeiro dia não subi a rua do quarteirão) a tarde outra volta de bike de mais 20 km e mais academia à noite (sem exageros), somado com comida mineira e,  com complemento a horta orgânica do Sr. Jacinto, e também dormindo antes das 22:00. O resultado é que nem fui mais buscar meus exames no laboratório, que havia feito quando cheguei. Recomendo a receita. Funciona bem.

Caminhos de Minas (2) - Fazenda Santo Antônio e outros caminhos.

















 Casarão Santo Antônio (Século XVII)
Estou em Minas na casa de meus pais. De uns tempos para cá resolvi que todos os anos passarei pelo menos 90 dias com eles e mais próximos dos meus irmãos. Dei uma basta no rótulo de filho desnaturado, que ao pé da letra é isso - "nem parace que nasceu", pois não dá a devida atenção ao que realmente importa no que diz gratitude. Nestes ultimos 40 dias, não deixando de cumprir meus projetos e compromissos para empresa na qual trabalho, faço tudo de Betim. Minha mãe está ali ao lado toda feliz.

Neste mesmo perído fiz exames para academia ( que é do meu mano Marcelo) e já estou malhando sem maiores problemas. A maioria das "inhácas" que me acompanhavam durante anos já se foram. Agora é esteira, musculação e muita bicicleta pela city (muito morro) e já não desço para empurrar nas subidas médias (subida média de minas).

O bom disso é que existem dezenas de cidades próximas. BH é uma delas - 18km, isto é (não gosto da expressão "ou seja"), colado na capital, assim com S. Bernardo do Campo está para São Paulo.

Neste final de semana fomos a um pesque-pague próximo à cidades de Esmeraldas. Não pegamos nada, em compensação a cozinheira de lá fez aquela fritada de Tilápia empanada, sem espinho. Eu que sou muito chato (ou era) com peixes, achando que só um Tucunaré, ou Matrinchã, ou um belo Barbado é digno de ir para mesa... agora não sou mais. Estava uma delícia; até tomei umas 4 cervejas, coisa que não é normal.













O segredo do sucesso de qualuquer passeio é você planejar um destino alternativo e einteressante. Estrada de terra 27 km. No caminho tive a oportunidade de rever o Casarão Santo Antônio, pertencente ao Visconde de Caeté (período colonial) e que está jogado às traças. Inclusive, se não me falha a memória, já foram liberados em 1988 a verba de 130 mil reais para ajudar na recuperação desse patrimônio histórico (vou checar no diário da união). Pelo jeito o dinheiro ficou lá engarranchado nas cuecas de algum deputado - o casarão está abandonado.

De pesque só tivemos mesmo o pague. E a porção de peixe empanado foi a parte. Contudo, valeu a pena o passeio. E muito.


Minha implicância com a Rede Globo (3)


Maitê e namorado curtindo no Haiti

Mas só faltava essa! A Maitê Proença (de Dona Beja e outras) sendo entrevistada pelo Faustão sobre a sua viagem humanitária ao Haiti. A atriz quando perguntada não sabia nem quantos habitantes o país tinha. Dava para notar seu conhecimento superficial que deve ter adquirido um dias antes sobre aquele povo e mesmo sobre o terremoto. Ela descrevia como se tivesse assistindo o filme 2012 (fim do mundo). Tentava explicar com palavras mandando parar a todo momento um filmeto que mostrava a desgraça Haitiana. Mas mostrava a atriz também, de capacete azul,  escrito ONU, empatando um importante espaço no veículo de apoio. Ah Maitê! Se está em baixa não precisa apelar tanto e usar a desgraça de um povo inteiro (falando deles como se fossem alienígenas), para se autopromover.

sábado, 13 de março de 2010

Minha implicância com a Rede Globo (2)

Tres Irmãs, Chcolate com Pimenta, Cama de Gato... é tudo a mesma coisa. Marcelo Novaes não tem o trabalho de tirar nem a barba. Toda personagem do ator parece uma com outra - é aqeula coisa de ARRASTAR personagem de uma novela para outra. Isso é falta de LABORATÓRIO.  Mas é assim mesmo, tem ator que não consegue sair de cena com sua carcaça pessoal e deixar incorporar a personagem. Mas o Marcelo Novaes nem a barbicha ele tira; assim como Zé Wilker não tira o óculos, não muda a voz e nem mesmo a postura... arghhhh!!!!!! Não sei como fazem sucesso! Deve ser porque o público gosta de coisas repetidas mesmo... Olha o Zorra Total. É a mesma piada todos os sábados. Cara-Crachá tá fazendo o mesmo quadro há mais de 10 anos. Mas acho que o Marcelo Novaes nem se importa. Salarinho sagrado no final do mês... é isso aí, Marcelão, mas veja se raspa pelo menos a barba e faz um laboratório... Você está com a mesma jequice de Chocolate com Pimenta quando era namorado daquela vaquinha. Ruim demais!

Minha implicância com a Rede Globo (1)


Reconheço as qualidades da Rede Globo, mas em um ponto fundamental a emissora falha de maneira grotesca - cenas de ação - VAI SER RUIM E AMADORA ASSIM LÁ NO PROJAC!!!! Acabei de ver a cena da novela das 8h00 onde o ALBANO sequestra a filha do REI de um prédio chamado TITAN que mais parece um cortiço. Bom... mas esta é outra crítica.. voltemos ao sequestro.

Não deu outra; quando o ALBANO pegou um carro velho eu já sabia que um acidente ia acontecer. Um pouco de perseguição mal feita ( BOTA MAL FEITA NISSO), lá foi o carro velho mergulhar de um pequeno precipício num reservatório de água.
Chega Rede Globo! Vamos botar verdade na cena! Põe um carro novo para ser destruido; não precisa ser uma Ferrari, ou Corvette; um Celtinha zerinho mesmo resolve (ou paga uma computação gráfica de verdade para produzir a cena); daí o desfecho não será previsível... ah..   a receita começa em não poupar câmeras; posiciona umas 10; no carro, sob o carro, nas rodas (tira do tripé)... enfim... deixa a coisa balançar e esquece esse negócio de plano americano fixo. Assistam um pouco de John Who (nem sei como se escreve) ou outro diretor de filmes de ação.

ehhhh! tá faltando dinheiro na produção ou é miséria mesmo!

sexta-feira, 12 de março de 2010

O meu maior trabalho.


Nem aviação, nem tecnolgia de realidade virtual, simuladores, caças, entre outras tantas parafernalhas da indústria high tech. Seja São Paulo, USP, Escola Politécnica, Embraer, FAB, feiras internacionais, cursos no exterior,  nada disso se compara ao perido de minha vida entre 1993 a 1997.
Sou jornalista. Trabalhei duro em jornal diário e canal de TV, envolvido com periodicos impressos, documentários e cinema. Em 1993 tinha um invejável salário em mega empresa de comunicação, quando recebi um convite de extender a malha de cobertura televisa em local ainda sem sinal da Rede Globo.
Sul do Pará - julho de 1993. Foi a primeira vez que pisei aquele pedaço de terra. Redenção foi a cidade escolhida para montar o QG e de lá realizar uma das maiores tarefas de minha vida. Construir, implantar sistemas, montar equipes as repetidoras para 4 cidades, montar a estrtura em uma delas como emissora e núcleo de produção jornalística. Comparadamente foi como trocar uma Ferrari por um fusquinha velho, sem gasolina e com pneus carecas. Estava cego pelo desafio. Nada mais importava.

O que encontrar em um lugar como este? Como realizar uma tarefa tão complexa? A resposta é - Pessoas! Sim gente que quer vencer o mesmo tipo de desafio. Mulheres de raça (além de bonita) como minha amiga Veridiana, jornalista formada em Ribeirão Pretro. Veri, assim como é chamada, nasceu em Laranjeiras do Sul (PR), mudou-se para Redenção ainda de colo. Sua primeira morada foi uma tapera com a família; certo dia caiu a atrás da cama e procuraram a menina o dia todo. Até acharam que havia sido levada pelos Kayapós, vizinhos da reserva índígena. Suzana (que era minha esposa na época), Eliane (Meu braço direito no parque gráfico) ,Wilson fotógrafo, Dorival, Célio Decker, Jairo, Rogério, Regina. Rei Congo José, Maurício, Wanderson, Marcílio, Rosana (e muito outros)... e o time foi crescendo, aprendendo (acordando, desententendo, conciliando) e em pouco mais de um ano havia em Redenção a afiliada da Rede Globo da "Boca da Mata Grande" (transisção do cerrado para mata amazônica), um jornal de circulação regional e o maior parque gráfico da região. Telejornal diário, equipes de reportagem, primeira e segunda edição, com tudo que havia de direito na qualidade, mesmo nas instalações pequenas para os padrões globais. Programas locais bem elaborados, enfim, nasceu a emissora do Sul do Pará. Produtora de comerciais, estudios, enfim, uma referência para a sociedade que sentiu-se mais protegida com a presença da imprensa.

Com a imprensa vieram as imagens e as noticias pela TV e jornal impresso. Foi como pisar em um formigueiro nervoso. O Sul do Pará, até então sem nenhum tipo de comunicação estava repleto de bandidos que se tornaram respeitáveis senhores das sociedades locais nas cidades. Para esta galera do mal era o fim da picada ter a comunicação bem debaixo do nariz deles. Aúltima coisa que gostaraiam é de sair em alguma página ou reportagem de tv.

Foi um periodo intenso, com mistura do agradável ao perigoso. Estampar a bandidagem e e a galera do mal nos jornais era uma missão ímpar. Nada escapava; juizes, promotores, políticos, policiais corruptos, grileiros, enfim, a ameaça do quarto poder fora estabelecida.

Muitos destes profissionais estão bem encaminhados em jornais das capitais. Ensinei muita gente, mas na verdade aprendi muito mais. São pessoas fantásticas, de valor, cada uma a seu modo, que estarão para sempre na minha memória e merecedores de eterna gratidão. Existem tantos episódios com este time sem igual que relatarei alguns aqui no blog. O Sul do Pará é para mim uma terra de gente forte. É suigeneris. Quando chego lá é como se estivesse em minha casa. Amo cada pedaço daquele chão. As raízes de amizade que plantei são profundas.

terça-feira, 9 de março de 2010

O mundo vai parar! (ou acabar)

Tempestade solar normal

O filme 2012, mega produção de hollywood mostra a destruição da Terra após uma instabilidade generalizada nas camadas profundas do planeta, devido a emissões de ondas provocadas por atividades solares. As ondas afastaram o cinturão magnético que protege a Terra que ficou exposta ao efeito de um forno, O resultado foi o esquentamento de dentro para fora, como uma laranja fosse colocada dentro de um micro-ondas. Eisten já cocordava com essa teoria do esquentamento levandata nos meados do século passado por um cientista.


Lançamento de sonda sentinela em Cabo Canaveral, FL - 1,5 bilhão de sólares.

Uma das maiores preocupações da NASA é com o sol. O governo americano já gastou bilhões de dólares com satélites e monitoramentos das emissões magnéticas provocadas pelas tempestades solares que ocorrem com mais intensidade em ciclos de 11 anos. Recentemente lançou mais uma das inúmeras sondas espaciais, que custou 1,5 bilhões de dólares, com objetivo de tentar prever as ondas magnéticas provocadas pelas atividades na superfície do sol, principalmente aquelas originadas dos pontos mais escuros da crostra. A intenção é avisar a Terra e ser possivel o desligamento de satélites, estações geradoras de energia e muitos outros equipamentos afim de tentar preservá-los, evitando prejuizos maiores.


Tempestade solar sem precedentes prevista

Entre a Terra e o Sol existe uma sonda permanente que vigia este comportamento. Sua finalidade é medir a intensidade das ondas que o sol emite em direção à Terra, para saber se tal onda tem polaridade negativa ou positiva. Uma das polaridades. e se virada paraa Terra, afeta de maneira mais drástica o cinturão de proteção. Caso ocorra uma tempestade solar sem precedentes conhecidos, os efeitos podem ser catastróficos e inimagináveis. Entretanto prevê-se que um dos prejuizos que a humanidade pode ter é a paralisação de toda parafernalha de iventos criada, principalmente no que se refere à comunicação, eletrônica e energia elétrica. Efeitos negativos diretos podem ocorrer em todo planeta sobre a atmosfera que perderá seu escudo natural e consequentemente toda a natureza.

Para ter uma idéia, basta imaginar você acordar e perceber que nada mais funciona: Internet, telefone, energia elétrica, transportes - tudo morto! A humanidade volta à estaca zero e com uma estrtutura inadequada para o novo mundo sem estes benefícios.

De acordo com as obesrvações e outros cálculos no semestre de 2011 as atividades solares podem emitir estas ondas em direção ao nosso planeta.Portanto, é bom ir se adequando ao mundo sem as regalias proporcionadas pela tecnologia; tudo é possível.

**** Se você continua cético assista no link abaixo contendo matérias com base nas informações da NASA sobre estes eventos solares. Depois de vê-los é muito provável que mudará de opinião.

http://fimdostempos.net/tempestade-magnetica-inversao-polos.html

http://www.youtube.com/watch?v=OSsq7wOtYKY

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cerne de lei!



Esse senhor de 83 anos que está nessa trilha aí na foto acima é Sr. Jacinto. Dorme às 7 da noite, acorda 4 da manhã, faz café, vai para o aconchego dele em um estúdio fora da casa (afim de não acordar Dona Conceição) para escutar rádio AM. Às 6 da manhã pode perguntar a ele sobre qualquer assunto: a resenha do mundo será destrinchada em detalhes. Nunca fumou, bebeu ou teve qualquer outro vício. Estes dias fez uma avaliação física com ergometria e o índice coporal de gordura estava perfeito. Sr. Jacinto caminha todos os dias pelo menos uns 12 km nas suas atividades normais, faz um tour pela cidade e conversa com amigos. Fala dos politicos, dos administradores da cidade, da roubalheira e projeta soluções para tudo.

Seja na rua, ou numa trilha dessas da foto (que não é para qualquer pessoa, mesmo em boa forma física) onde ninguém jamais colocou o pé, ele é campeão e inalcançavel na caminhada.

Sr. Jacinto já trabalhou muito na vida. Executou grandes obras como gerente de companhias de energia elétrica e mineradoras. Comandou muita gente. Hoje vive no seu cantinho, onde habitam centenas de passarinhos conhecidos - ao vê-lo fazem tremenda algazarra, pois sabem que comida farta está chegando: sabiás, rolinhas, bem-te-vis, galos do campo, joães de barro, até os pardais tem direito a pic-nic no quintal o dia todo. Dá um lucro imenso ao dono da frutaria; são dúzias de bananas por semana e muitos mamões. Um cãozinho fiel, barulhento, brincalhão é seu amigo inseparável e se chama Caladinho. Deita no portão quanto Sr. Jacinto sai e de lá não se arreda até que volte. Se o amigo demora, uiva até incomodar Dona Conceição. Das mãos experientes e do conhecimento nasce a horta orgânica, verdinha, verdinha. Todo ano Marília, a filha mais velha vem visitá-los em julho. A horta está prontinha do jeito que ela gosta.

Pai rigoroso, marido exemplar. Viu Dona Conceição uma vez quando era jovem, na segunda pediu em casamento e na terceira já eram marido e mulher. Isso há mais de 50 anos e ainda chama Dona Conceição de "bem" e vice-versa. Sr. jacinto é bom de prato; feijão com arroz, angu, farinha a vontade, muita verdura, legumes; almoço é às 11, mas até essa hora já comeu umas 4 vezes, pão quentinho, café, banana, goiabada com queijo e o que mais vier pela frente. Janta com vontade. Não ronca, dorme o sono dos justos, não cansa, não passa mal de estômago e não tem dor de cabeça.

Sr. Jacinto é cerne de aroeira. Meu pai.

Medo de voar!



Todo mundo tem! Quem disser o contrário está mentindo. Tirou o pé do chão (nós humanóides, bípedes, desprovidos de asas), estamos no risco de cair. Portanto é normal quando você entra em um avião, mesmo sendo um 737-800, com ultima geração de tecnologia embarcada, sentir aquela sensação de insegurança. E se no curso do vôo houver turbulência com boas sacodidas, a mão logo aperta nos braços das poltronas. E aquele passageiro que continua a ler como se nada estivesse acontecendo é pura firula, por dentro está com medo - é natural.



Eu, todas as vezes que estou voando, e pela frente vejo um tempo destes da foto acima (tempestade na rota Aldeia Palimi-ú para Boa Vista), minha mão transpira frio e fico maluco para que atravessemos logo o mau-tempo. Fico pensando se algo acontecer com nossa carroça voadora, pode ser que alguém vai encontrar a máquina e ver a minha última foto; pelo menos vai ajudar nas investigações.

O medo é o sentimento que te mantém vivo. Até o bom piloto (inclusive de caça) tem medo. Ele apenas sabe controlá-lo para evitar o pânico e agir conforme os requerimentos exigidos, pois lá em cima, quem pilota não pode pensar e sim seguir os procedimentos que aprendeu. Piloto arrojado, que não tem medo e que tem excesso de autoconfiança é o candidato sério ao acidente. Isso não se restringe à aviação; qualquer tipo de transporte, esportes, enfim, todas as ações que expõe o ser humano ao perigo iminente.

Então, tenha medo. É sadio e faz bem para sua saúde.

domingo, 7 de março de 2010

Salto Angel não é mais o mesmo.



Agora é chamada de Kerepakupai Meru, nome indígena que significa "queda d'água do lugar mais profundo". O inconsequente do presidente Hugo Chaves trocou o nome de Salto Angel, nome dado devido ao seu descobridor Jimmy Angel em 1937. Também trocou nome de várias coisas, inclusive do próprio país, que passou de Venezuela a República Bolivariana. Mas cada qual com sua loucura. o país é deles (Chaves acha que é só dele) e podem nominar ou trocar de nome quando quiserem. O pessoal critica, mas imaginem o Pão de Açúcar ser chamado de Sugar Loaf.



O certo é que esta cachoeira possui a maior queda d'água livre do planeta. Fica próxima à divisa do Brasil com Venezuela, entretanto a maneira mais fácil e legal de chegar lá vai custar 12 horas de avião, canoa e a pé. Estrangeiro tem que ir a Caracas, viajar à Ciudad Bolívar ou Puerto Ordaz, pegar uma aeronave pequena e ir até o pequeno vilarejo de Canaima. Da cidade de Pacaraima no extremo norte de Roraima até o salto são apenas 225km de densa floresta amazônica. O terreno é tão inóspito, com a cadeia de montanhas formadas pelos tepuios venezuelanos, que torna-se a jornada impossível. Voar direto para lá não é permitido, mas se atravessar a fonteira do Brasil com Venezuela, chegando a Santa Helena, aluga-se um aviao para ir até Canaima.


* Na foto acima paraquedistas em queda livre. Abaixo uma cabana no final da tarde com a cachoeira ao fundo oferecendo uma visão dígna do "Senhor dos Anéis".

Com aproximadamente 1km de altura, o Salto Angel é um dos locais mais impressionantes que a natureza criou. A densa vegetação da floresta Amazônica, as cadeias de montanhas e os rios caudalosos com as corredeiras nervosas fazem de Salto Angel uma visão única.

sábado, 6 de março de 2010

Rua de Cima

No bairro do Rosário em Ouro Preto tem a Rua Gabriel Santos. Na minha infância a turma chamava de Rua de Cima. Tinha o casarão abandonado, que atualmente reformado é o Caesar Park Ouro Preto ( o de 3 andares parece na foto escondendo atrás da igreja). Eram aproximadamente uns 100 comodos onde a gente se divertia entre passagens secretas e outras surpresas. Nas paredes ocas do casarão havia a passagem para o armazém do sr. José Ribeiro onde a cambada entrava e se empaturrava de doce de leite com conhaque (inconsequência mesmo). Essa turminha nada fácil "andou" tirando um monte de coisas lá; até pólvora para fazer bombas rojões - baita confusão que deu; muita sova em lombo de menino difícil era o melhor remédio para esse desando.



Na foto tem a porta lateral da igreja onde a gostosona do bairro, Cristina Kaelu dava seus amassos ressucitar o fantasma da Maria Pé de Chinelo. A meninada gostava de espreitar na surdina e aprender como se faz a coisa. Tem também a casa do Vicente "cavalo sem dente", que nunca tomava banho. Tinha apelido de "Cascão", antes mesmo da personagem do Mauricio de Souza existir. Tem a casa do "Sá Onça"... (todo mundo no bairro tinha apelido), que morava perto do "Sô Lôbo". O mais engraçado é que não podiam se encontrar. Atracavam com tanta fúria que se não apartasse, um morria. E se bem observados via-se neles certa semelhança com estes bichos. "Sô Lôbo"era desengonçado mesmo. Passava todos os dias de volta da padaria com os pães debaixo do braço e outros tantos nos bolsos que comia vorazmente. Tem também na foto a casa da minha professora particular de português que insistia em me ensinar que "chapéu" se escrevia com a letra "ó" o final e não "u". Errado não era, mas se contássemos uns 100 anos atrás. Tem a descida do largo do Rosário onde os carrinhos de rolimã no paralelepípedo eram o inferno da vizinhança. A torre onde eu batia sino. Azaradamente um dia, durante a festa de Nsa Senhora, na dobrada do sino, com a corda amarrada nos punhos me fez voar para o lado de fora, arrastando-me por baixo e, na rodada, me trouxe por cima. Vi todo mundo lá em baixo. Foi a primeira vez que voei, mesmo que por alguns segundos. Catástrófico. Ainda bem que não passou disso, senão já teria ido para o inferno mais cedo.



É a rua inesquecível da minha vida. Nosso casarão, o sobrado colonial, número 14.



Hoje foi reformado. Vão tirando aos poucos a originalidade. Esse negócio de preservar é muito difícil. Acima a entrada do sobrado na atualidade; abaixo a aparência há muito anos. os irmãos do número 14 da Rua de Cima - Ricardo (Sabuquinho), (Bete, minha prima), Eduardo (Pão-com-ôvo), Eu (Pancho-Villa), não sei porque e Marília (Roy-Rogers), porque era muito brava e o tal era um cawboy americano da época. Olha só a olhada de satisfação da mana para o fotógrafo.
E eu nessa foto - só tinha joelho - cada um virado para um lado? Vergonha sobrava e faltava fotogenia numa tortuosidade imensa. Meus dois irmãos que nem sabiam como cruzar os braços. Só a Bete estava toda-toda. Filha do Tio Geraldo, menina criada nos moldes de paris (em BH) que estudava piano e balé.



Eh saudade boa!

Jurassic Park do Brasil


Este aí é um dos animaizinhos que os ecologistas defenderam tanto; virou um dinossauro e milhares iguais a ele que infestaram os rios numa quantidade tão absurda, agora desiquilibram o ambiente, dizimam os peixes e tem no cardápio adicional os descuidados, lavadeiras e crianças da beira rio. Reparem só na cabeça desse espécime. Mandíbula que detona toneladas de força na mordida. Se te pegar você vai encontrar com sua vozinha lá no céu.
Estão achando que sou ruim? pensam não gosto de animais? gosto sim! jacaré reproduz mais do que boi no pasto! do filé mingnon, picanha, hamburger do mcdonalds ninguém reclama. E olha que boi nem come gente.

My friends from New Zealand



Darren e Gordon. Gente boa da NZ. Grdon um piloto de caça de competente que agora é treinador e ensina a galerinha como voar de fato. Darren, ah esse Darren. Como na NZ não é permitido ingerir bebida alcoolica em publico (boteco lá só tem suco), aqui no Brasil o cara estravazou. Pedi uma caiprinha no capricho; o garçom trouxe logo uma jarra inteira. Fui ao banheiro e quando voltei a jarra estava vazia - mais de um litro da mais potente caipirinha. Os dois me disseram que nunca tinha bebido suco tão bom na vida. O resultado foi um porre para ninguém botar defeito. Mas depois da ressaca curada, descontaram aqui o que não podem fazer por lá.

Aprendi a não reclamar muito!


Já estive em lugares remotos, mas quando tive a oportunidade de conhecer algumas aldeias indígenas próximo à divisa da Venezuela, parei de reclamar de muitas coisas. Eu era mestre em dizer que em algumas boas cidades não tinha nada para fazer, ou que era longe de tudo, etc... não reclamo mais.




Se SP, BH e Rio tem transito ruim....



...e seus habitantes pensam que são os piores do Brasil é porque não tiveram os desprazer de trafegar na PA-150 e outras do sul do Pará (norte, leste e oeste também). Vejam na foto e imaginem o desespero de quem está na fila da descida esperando a vez. Esta estrada passa no território onde está a Vale do Rio Doce, a maior mineradora do mundo. Mas essa mega empresa exporta a riqueza do Pará e importa a pobreza. Parauapebas, cidade vizinha da Vale no Pará é uma delas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

"Ou Seja", mataram o "Isto é".

Tenho pavor dessa expressão - "ou seja". Só posso estar doente, ou gagá implicante, ou portador de uma anomalia neurológica - tomei antipatia inexplicável pela expressão "ou seja". Espalhou de uma tal forma que está incontrolável. Principalmente na televisão. O repórter começa a apresentar alguma coisa e logo vem na cabeça da matéria.... "ou seja"... aí explica novamente uma coisa que não conseguiu explicar da primeira vez.

Interessante é que antes se falava "isto é", que é a mesmíssima coisa. Nas aulas de redação nos instruiam a evitar a expressão "isto é" para que construção do texto ficasse mais rica. Mais interessante ainda é que a ascensão do "ou seja" é culpa da Ivete Sangalo. Há coisa de dois ou três anos foi lançada a propaganda de uma bebida que no final a Ivete falava: "ou seja, cerveja". Aí até minha netinha pegou a mania e com um ano e meio já pulava na frente da TV repetindo a macaquice da cantora.

Prestem atenção e observem. "Ou Seja" matou "isto é" e todo repórter, professor, palestrante, instrutor, jornalista... todo mundo mantém o "isto é" cada vez mais enterrado. Mas, "isto é" também é expressão para explicar novamente alguma coisa mal dita.

Cada mania!


Fico olhando as fotos na Internet, orkut, msn... em qualquer lugar. Que coisa idiota essa mostração de dedos, caretas e língua. É retardo demais. Até minha filha tira foto assim.
Uma grande maioria ao prever o click da máquina, vira de lado, esboça aquele mesmo sorriso que faz parecer melhor, abre os dedos em "V" ou os dois em "chifre" de metaleiro e faz pose. Aí publica na Internet aquela foto horrorosa. Que falta de criatividade. E se não for suficiente a cafonice, daí mostra a lingua, encosta uma lingua na outra, poe de lado na boca, morde... ah, pelamordedeus!!! Uma vez, uma foto ou outra até passa. Mas tenho uma amiga que toda foto que tem, ou está mostrando a lingua ou fazendo gestos com os dedos.


*** se a modelo é bonita fica menos feio; se for feia, sai da reta!



Agora a mania que perdura é juntar as mãos em forma de coração... mais essa. Quando essa moda vai passar? Eu ein! Umas coisas evoluem; outras retroagem. Creio que isso só vai ter fim quando o mundo acabar em 2012, ou não.