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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma turma muito boa!



Para ser militar das Forças Armadas, seja no exercito, marinha ou aeronáutica, tem que gostar! Não, corrigindo, gostar é pouco... tem que amar de verdade. Não é fácil e nem é glamouroso como a maioria pensa. Estou falando em termos de Brasil (e de Força Aérea que conheço mais), onde o piloto é um peão do ar, que passa uma vida de cão e que poderia servir de tema para Valdik Soriano se fosse vivo. Falo porque vejo de perto.

Primeiro o candidato passa por uma sabatina de metralhadora para ser aceito, com testes físico, conhecimentos e de aptidão. Depois enfrenta 4 anos na AFA - Academia da Força Aérea, em Pirassununga. Lá é tudo precário a começar pelo equipamento de treinamento: o T-25 Universal C - uma tartaruga voadora fabricada pela Neiva nos anos 60 e que até hoje está sendo usado como aeronave inicial para formação dos cadetes. Os caras se superam cada dia para compensar a falta de tudo. Se não fossem a rígida diciplina e a organização ímpar dos militares a AFA, na dependencia das verbas irrisórias já tinha ido com a vaca para o brejo.

Depois de quatro anos na AFA o piloto é transferido para uma base áerea. Na amazônia é mais frequente, onde a FAB substitui o papel do governo há mais de meio século. Se não fossem as Forças Armadas na Amazônia talvez nem tivessemos mais aquele cobiçado pedaço do mundo.



O certo é que os fatos são totalmente desconhecidos do brasileiros: a FAB e o Exercito, e mesmo a Marinha - no Brasil tem papel estritamente humanitário - não enfrentam a guerra comum; sim uma outra guerra silenciosa; são os responsáveis pelo atendimento social e humanitário de grande parte dos brasileiros naquela região. Urgencias médicas diversas, partos, vaicinações, cirurgias, transportes, educação, enfim, a visão do povo da região é que o gorverno no Brasil significa - Forças Armadas.

E como o Governo trata este pessoal que voa, que toma conta do território e que cuida dos habitantes em condições adversas? Com descaso! Só cortando verbas e enchendo as gavetas dos deputados em Brasilia e nas assembleias de cada estado. Falta avião, barco, carro, munição contra bandido... falta comida no rancho!!!! falta gasolina para abastecimentos!!!!

Imaginem, um piloto com sua aeronave no solo, sem condições de vôo, sabendo que o avião intruso detectado pelo radar está atravessando o espaço aéreo, tranquilo, em céu de brigadeiro, com sua carga que mata mais que muitas bombas. Aí o tráfico faz a festa, burla fronteiras, manda arma e cocaína a vontade para nossas cidades onde estão nossos jovens sendo viciados sob os olhos das autoridades, para a desgraça de muitas famílias.

E verba para combater a violência sempre tem, mas aplicada no lugar errado: no efeito, onde é o mesmo que cuspir na chapa quente! tem que aplicar na causa, na origem, onde o bandido estica a rede depois de despachar a mercadoria.

É uma turma muito boa. Alegre, brincalhona nas horas de folga e tão séria em suas funções, que é capaz de improvisar com tanta competência que faz funcionar o que ela tem em mãos. Vou portanto, de vez em quando, relatar aqui alguns episódios interessantes com essa galera do bem,

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